O controle rigoroso de variáveis nos processos industriais farmacêuticos não é apenas uma exigência de qualidade, mas uma necessidade regulatória. Em linhas produtivas nas quais a pureza dos insumos, a esterilidade dos ambientes e a precisão nas dosagens determinam a eficácia de um medicamento, cada componente do sistema deve garantir total confiabilidade.
Entre esses componentes, as válvulas de controle têm papel estratégico. Elas regulam com alta precisão o fluxo de líquidos, gases ou vapor em sistemas complexos, muitas vezes automatizados, que exigem resposta rápida e rastreável, impactando diretamente na integridade do produto final.
Neste artigo, abordamos os principais requisitos técnicos e sanitários que uma válvula de controle precisa atender na indústria farmacêutica, além de suas aplicações mais comuns e os critérios essenciais para escolher a solução ideal. Confira!
Por que as válvulas de controle são essenciais na indústria farmacêutica
A produção farmacêutica ocorre em ambientes assépticos e altamente controlados, onde qualquer contaminação ou desvio de parâmetros pode comprometer lotes inteiros. Por isso, os equipamentos precisam ser desenhados para operar em condições críticas, com foco em segurança, pureza e rastreabilidade.
Variáveis como pressão, temperatura e vazão devem ser monitoradas e ajustadas continuamente durante processos como reação química, filtração, aquecimento ou envase. É nesse contexto que as válvulas de controle se destacam, permitindo ajustes finos em tempo real.
Requisitos técnicos e sanitários das válvulas em ambientes farmacêuticos
O setor farmacêutico impõe exigências rigorosas aos equipamentos utilizados nas linhas de produção, especialmente no que diz respeito às válvulas de controle. Esses dispositivos são essenciais para garantir a segurança e a qualidade dos processos.
Mais do que resistência mecânica, as válvulas devem atender a critérios sanitários específicos, evitando riscos de contaminação cruzada ou acúmulo de resíduos. Para isso, precisam ser compatíveis com processos de higienização como CIP (clean-in-place) e SIP (sterilize-in-place), que dispensam desmontagens.
Além dos requisitos operacionais, as válvulas devem estar em conformidade com normas como GMP, FDA e ANVISA. Essas regulamentações exigem desempenho validável, com documentação e repetibilidade ao longo dos ciclos de produção.
Veja abaixo os principais requisitos técnicos e sanitários das válvulas de controle na indústria farmacêutica.
Materiais
A escolha dos materiais é um dos primeiros pontos críticos. O aço inoxidável 316L é amplamente utilizado por oferecer resistência à corrosão, superfície lisa e compatibilidade com produtos químicos agressivos e temperaturas elevadas. Acabamentos internos polidos são essenciais para evitar a adesão de partículas.
Superfícies lisas também reduzem o tempo e o custo dos ciclos de limpeza, ao mesmo tempo em que garantem a integridade microbiológica dos sistemas de produção.
Design sanitário
A arquitetura da válvula deve impedir a formação de zonas mortas, que favorecem o acúmulo de resíduos e microrganismos. O projeto sanitário favorece o escoamento total do fluido e permite a drenagem completa do sistema, algo essencial em aplicações com produtos injetáveis ou soluções estéreis.
Além disso, a desmontagem e a manutenção devem ser facilitadas para permitir inspeções visuais e validações regulares exigidas pelas boas práticas de fabricação.
Certificações e conformidade
Normas como USP Class VI e certificações como 3-A Sanitary Standards, FDA e ASME BPE estabelecem critérios que as válvulas devem atender para serem utilizadas em sistemas farmacêuticos. Elas abrangem desde os materiais e acabamento até a resistência à esterilização e compatibilidade com fluidos farmacológicos.
Essas certificações oferecem uma garantia adicional de que o componente foi projetado para operar com segurança em ambientes regulados e auditáveis.
Aplicações comuns das válvulas de controle na indústria farmacêutica
As válvulas de controle na indústria farmacêutica são empregadas em praticamente todas as etapas da operação, seja na manipulação de matéria-prima, na produção intermediária ou no envase final.
Sua versatilidade permite o uso em processos líquidos, gasosos e vapor, com diferentes exigências em termos de controle dinâmico e sanitização.
- Controle de temperatura: em tanques de mistura ou reatores, as válvulas ajudam a manter a temperatura estável ao controlar a entrada de vapor ou fluido refrigerante. Isso é fundamental para reações químicas sensíveis e processos fermentativos.
- Controle de pressão: aplicações com gases comprimidos, linhas de ar estéril ou sistemas pressurizados demandam controle fino para manter a estabilidade do processo e proteger os equipamentos downstream.
- Controle de vazão: na dosagem de ingredientes ativos, em sistemas de filtração ou linhas de envase, o controle da vazão garante uniformidade, precisão e rastreabilidade do volume de fluido dispensado.
Critérios para escolher o tipo ideal de válvula de controle
A escolha das válvulas de controle na indústria farmacêutica depende de uma análise cuidadosa de variáveis técnicas, operacionais e regulatórias. Um projeto bem especificado garante não apenas eficiência e segurança, mas também facilita auditorias e reduz custos com manutenção e paradas não planejadas.
- Tipo de fluido: elementos viscosos, corrosivos, tóxicos ou com partículas exigem válvulas com características construtivas específicas, como vedações reforçadas ou passagem plena.
- Condições de operação: a pressão e temperatura de trabalho, bem como as variações esperadas durante o processo, influenciam diretamente o tipo de válvula, atuador e material de fabricação.
- Frequência de operação: em linhas que exigem abertura e fechamento frequentes, é fundamental optar por válvulas com alta durabilidade e resposta rápida, como as com atuadores pneumáticos.
- Necessidade de automação: processos integrados a sistemas SCADA ou MES demandam válvulas que possam ser controladas remotamente e se comuniquem com a malha de controle.
- Integração com sistemas de controle: a precisão de resposta e a capacidade de diagnóstico são otimizadas com posicionadores inteligentes, que ajudam a monitorar o desempenho e identificar falhas em tempo real.
Soluções confiáveis para controle de processos farmacêuticos
Na indústria farmacêutica, cada mínimo detalhe técnico importa. Desde o material da válvula até os atuadores, todos os componentes devem colaborar para um sistema robusto, validável e fácil de sanitizar. Por isso, contar com fornecedores especializados faz toda a diferença.
A Samson oferece uma linha completa de válvulas de controle com construção sanitária, compatível com as exigências mais rigorosas do setor farmacêutico. Seus produtos são desenvolvidos com foco em durabilidade, precisão e facilidade de limpeza, atendendo às principais certificações internacionais.
Além das válvulas, a empresa disponibiliza válvulas reguladoras auto operadas, diferentes tipos de atuadores para aplicações diversas e sistemas inteligentes de posicionamento, tudo integrado a um portfólio voltado à automação e ao desempenho contínuo.
Com décadas de expertise em controle de processos industriais, a Samson se posiciona como parceira confiável para empresas farmacêuticas que buscam excelência técnica, conformidade regulatória e suporte especializado.
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